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Dálmatas e Chinese Crested Dog

sábado, 17 de abril de 2021

VOCÊ SABE O QUE É BERNE ?

 


Foto: Atlas Parasitologia Veterinaria 2019 - CRMV-MG

O Berne nada mais é que a larva de uma mosca da espécie Dermatobia homini. A mosca adulta não se alimenta. Após a cópula a fêmea deposita seus ovos no dorso de um inseto hematófago  (uma vespa ou uma mutuca, por exemplo)

Quando essa mutuca pica o animal (cachorro, cavalo, e acreditem, até ,mesmo humanos), o ovo cai na abertura feita para alimentação; Não é preciso, portanto, que já exista algum tipo de ferimento para que o berne se instale.

Essa  larva vai se alimentando do hospedeiro e conforme vai crescendo forma um caroço dolorido que por vezes é confundido por leigos com um furúnculo, um inchaço causado por marimbondo e já me procuraram na clínica até achando que era um tumor. Este caroço sempre terá um pequeno buraquinho (local por onde a larva respira) mas que por ser bem pequeno pode passar desapercebido. Diferentemente da bicheira (miíase), o berne não tem cheiro. 

É muito importante ressaltar que alguns produtos pode matar a larva dentro do animal e, uma vez morta, irá apodrecer ali dentro causando infecção. Deste modo, nunca tente usar nenhum produto ou retirar essa larva sem o acompanhamento de um médico veterinário. 

Uma vez que a larva atinja um determinado tamanho, ele sairá espontaneamente e irá para o solo onde irá completar sua metamorfose e ganhará a forma adulta.

A Dermatobia só vive em locais de mata, com bastante vegetação e raramente será vista num local aberto. Todavia como ela faz uso de um vetor para carregar seus ovos consegue parasitar animais a grandes distâncias. 


sábado, 20 de março de 2021

RELACIONAMENTO RESPONSÁVEL ENTRE HUMANOS E CÃES


       
foto: TootSweetCarole por Pixabay

    A relação do homem com os canídeos remonta da pré história. O cão tornou-se geneticamente distinto do lobo há cerca de 135 mil anos, o que corresponde aproximadamente aos primeiros vestígios do Homo sapiens no registro fóssil. A ação antrópica através da seleção artificial gerou inúmeras variações morfológicas, correspondentes à utilização bastante diversificada observada no cão doméstico na atualidade.
     A maneira como cães e outros animais são vistos pelos seres humanos foi se diferenciando à medida que sua capacidade subjetiva evoluiu e, aos poucos, foi se criando uma nova forma de relacionamento, marcada pela maior proximidade física e vínculos afetivos mais fortes entre as duas espécies.
      O cão vem sendo incorporado como membro da família, o que implica em maior responsabilidade do ser humano com relação a estes, que passam a receber mais atenção e cuidados, tanto fisiológicos quanto emocionais. Na história da humanidade, talvez seja a época atual, devido às características o sujeito contemporâneo, que observamos uma maior dependência significativa emocional entre o homem e animal.
  Infelizmente, apesar da evolução deste relacionamento, muitas vezes ainda se observa uma hierarquia antropocêntrica, herança do pensamento aristotélico de superioridade, que dificulta a aceitação de novos conceitos, impedindo por vezes uma relação mais satisfatória para ambos os lados envolvidos.
 Diversos estudos mostram que os benefícios da relação dos cães com humanos são incomensuráveis, superando incontestavelmente possíveis riscos relacionados a zoonoses frequentemente  enfatizados por pessoas que repetem sem questionar conceitos arcaicos pré-estabelecidos.
   O objetivo do presente artigo é elucidar algumas dúvidas freqüentes sobre possíveis riscos do convívio entre cães e seres humanos em ambientes públicos com maior enfoque sendo dado a presença dos mesmos nas praias.
   A larva migrans cutânea (LMC) ou dermatite serpiginosa, conhecida popularmente como bicho geográfico, é causada pela forma larvar de helmintos da classe Nematoda, mais frequentemente por espécimes do gênero Ancylostoma. As espécies mais comuns são Ancylostoma duodenali (que parasita cães e humanos), A. braziliense (que infecta gatos) e A. caninum (observado em cães e gatos).  Apesar de normalmente apontado como único causador de LMC em praias e praças, o cão não é o único responsável. Além do Ancylostoma, outras espécies também podem ocasionar  a LMC, como por exemplo Bunostomun sp (parasita de bovinos) e o Strongyloides stercoralis (parasita intestinal humano, cosmopolita de alta incidência em crianças). Quando em contato com espécies não evolutivamente adaptadas ao organismo humano, este se torna um hospedeiro acidental. O parasita se desloca pela região subcutânea mas não se desenvolve e nem consegue completar seu ciclo de vida.
   Em cães, o Ancylostoma ocasiona anemia devido á hemorragia intestinal aguda ou  crônica. Ao penetrar na pele, a larva causa reações cutâneas como eczema úmido e ulceração nos locais da infecção percutânea, acometendo principalmente a região interdigital. A doença é mais observada em cães com menos de um ano de idade. Os filhotes também podem se infectar pela via transmamária ou transplancetária se a mãe for portadora desta enfermidade. É uma patogenia bastante debilitante e filhotes muito novos são mais susceptíveis devido às baixas reservas de ferro.
    Apesar de grave, a doença é facilmente tratável e pode ser evitada quando se adota o protocolo de vermifugação periódica. Os parasitas são sensível a grande maioria das drogas endoparasiticidas (vermífugos) disponíveis para venda em pet shops e lojas agropecuárias. Urge ressaltar que um cão vermifugado não elimina ovos nas fezes e que os cães infectados rapidamente apresentar-se-ão sintomáticos, sendo portanto uma enfermidade de fácil diagnóstico e tratamento.
   Uma questão geralmente pouco abordada é a relação parasita/hospedeiro. Em sua grande maioria existe uma especificidade nesta relação que é resultado de um longo processo evolutivo. Como exemplo pode ser citado o carrapato vermelho comum, Rhipicephalus sanguineus, encontrado apenas em canídeos e o Boophilus microplus, parasita exclusivo de bovinos.  Ambos não são capazes de se fixar e se alimentar em primatas (no caso o ser humano), mesmo que vivam no mesmo ambiente.
   De maneira análoga, temos uma ampla gama de helmintos, fungos e protozoários que são específicos da espécie humana, não sendo patológicos para o cão. Deste modo a probabilidade de um humano ser infectado por outro nas vias públicas, praias e parques é infinitamente superior que a de ser acometido por um patógeno oriundo de outra espécie. É importante também lembrar que com a evolução da medicina veterinária já se é possível controlar de forma eficaz problemas outrora graves, como a raiva, a leptospirose e a leishmanionse visceral, através de vacinação preventiva.
    Na sociedade atual o acesso a serviços veterinários e a tratamentos profiláticos vem crescendo exponencialmente. Ao se tornar parte da família existe uma maior conscientização e preocupação com a saúde e higiene dos animais de estimação. Um cão bem cuidado, que recebe acompanhamento veterinário, é vacinado e desparasitado regularmente não oferece risco à saúde humana, incluindo idosos e crianças, muito pelo contrário,
    No cuidado com crianças com câncer, a terapia assistidada com cães em hospitais tem colaborado para melhorar a autoestima, compensar déficits afetivos e estruturais, aumentar a concentração plasmática de endorfinas, melhorando a  qualidade de vida. Estudos revelam que a presença de cães não favorece o aparecimento de infecções oportunistas, mesmo considerando o estado de imunossupressão em que se encontram os pacientes.
    As conclusões obtidas por pesquisadores de diversas áreas de conhecimento corroboram com a afirmativa principal deste manuscrito de que animais saudáveis não oferecem risco à saúde e que a convivência  de cães e pessoas traz uma gama de benefícios sociais e terapêuticos, não havendo portanto razões para que não acompanhem seus proprietários em seus momentos de lazer, em praias, parques e praças.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COSTA, M.P. ; F. GATO & M.N. RODRIGUES. Utilização de terapia assistida por animais como ferramenta no tratamento de doenças humanas. Revisão. Pubvet Medicina Veterinária e Zootecnia, v12, n.1. p.1-7. 2018.

MORAES, H. S. & M.M. MELLO. A relação do sujeito contemporâneo e o animal doméstico. Anais Mostra de Iniciação Científica Curso de Psicologia da FSG, v1, n.1, p. 124-151. 2014.

MOREIRA, R. L. et al.  Terapia assistida com cães em pediatria oncológica: percepção de pais e enfermeiros. Revista Brasileira de Enfermagem, v.69, n.6, 2016.

NELSON, R. W. & C. G. COUTO. Medicina Interna de Pequenos Animais. Rio de Janeiro, Ed. Elsevier, 2010.

SILVA, D. P. Canis familiaris, aspectos da domesticação (Origem, conceitos, hipóteses). Universidade de Brasília, Monografia de conclusão do Cursode  Agronomia e Medicina Veterinária.  46p. 2011.


terça-feira, 3 de novembro de 2020

COMO ESCOVAR OS DENTES DO SEU PET

 A escovação dos dentes deve ser feita diariamente para prevenir tártaro, gengivites e caries. Vamos aprender como fazer ? 





segunda-feira, 27 de abril de 2020

CHINESES - NINHADA T


Este quarteto super fofo de cães de crista são Tobias, Tintin, Takashi e Toshi, Eles são os filhos da minha querida Cecilia e do meu neguinho, Elliot Black. Os meninos estão crescendo e ficando cada dia mais espertos.




Os bebês estão com um mês de idade e aprendendo a brincar, descobrindo o mundo. Não podia deixar de compartilhar com vocês esta fase tão deliciosa.






quarta-feira, 22 de abril de 2020

DIROFILARIOSE

Apesar de já termos abordado este tema aqui anteriormente, sempre é bom lembrar da gravidade desta verminose que vem causando óbito de tantos animais no Brasil


quinta-feira, 16 de abril de 2020

CORONAVIRUS


Muito tem se falado sobre o Coronavirus  devido a pandemia de Covid19, entretanto tenho percebido que ainda existem muitas dúvidas sobre o tema.
No vídeo abaixo gostaria de esclarecer alguns pontos sobre o Coronavirus canino, doença de distribuição mundial e responder algumas questões que me foram levantadas nos últimos  dias. 


segunda-feira, 6 de abril de 2020

COMO CORTAR AS UNHAS DO SEU PET

Se você tem dúvidas de como  cortar as unhas do seu cãozinho em casa seguem algumas dicas passo a passo  para que você consiga executar essa tarefa facilmente


Se você gostou não esquece de se inscrever no canal e dar um like no vídeo

sábado, 14 de março de 2020

CHINESE CRESTED - TIPOS DE PELAGEM

Atendendo a pedidos segue a série de vídeos sobre pelagem do cão de crista chinês dos estories do instagram 


Dúvidas ou sugestões manda uma mensagem pelo zap (21)999229549 ou pelo instagram @avalon_land

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS

FOTO: INTERNET

Ismar Araujo de Moraes. Med. Vet. CRMV-RJ 2753 – Professor Titular na Universidade Federal Fluminense.

 Ha algum tempo vimos tendo notícias de alguns estudos demonstrando que as visitas de animais, também chamadas de Terapia Assistida por Animais (TAA)  ou zooterapias, têm potencial terapêutico para ajudar e antecipar a recuperação da saúde dos pacientes. Em alguns casos a prática se dá com a visitação dos pets aos seus donos de estimação internados em hospitais ou casas de repouso. Noutras, na própria residência, casas de repouso ou hospitais com animais especialmente treinados para interagir com os pacientes com propósitos de reabilitação.
Cavalos, cães, gatos, pássaros, coelhos, chinchilas, tartarugas e hamsters vêm sendo usados na TAA.  Ao visitar os próprios tutores sob internamento em hospitais parecem contribuir pela melhora do estado emocional do paciente. E contribuem também na reabilitação de pacientes com dificuldades motoras congênitas ou adquiridas por meio de acidentes ou processo de envelhecimento.
Mais recentemente tem sido observado um crescente número de câmaras legislativas municipais aprovando a TAA por meio de leis específicas. Isso já ocorreu na cidade do Rio de Janeiro (RJ), Natal (RN), Caxias do Sul (RS) e Campo Grande (MS) além de outras.
No nível federal um Projeto de Lei também tramita desde 2012 (PL 4455/12). Recentemente a Comissão de Seguridade Social e Família aprovou essa proposta que regulamenta o uso de Terapia Assistida por Animais (TAA) nos hospitais públicos e em outros cadastrados no Sistema Único de Saúde (SUS). Essa terapia consiste na utilização de animais como instrumentos facilitadores de abordagem e de estabelecimento de terapias de pacientes. Pela proposta, apresentada pelo deputado Giovani Cherini (PL-RS), os hospitais do SUS deverão ter profissionais aptos a trabalhar com terapia assistida por animais. Para viabilizar o tratamento, o governo poderá celebrar convênios com hospitais veterinários e com organizações não governamentais que trabalham com animais.
Segundo a deputada Flávia Morais (PDT-GO), que apresentou parecer favorável ao texto “afagar um animal permite abrir um espaço potencial para expressar a criatividade e lidar com as emoções, o que denota a sua importância, principalmente, nos processos de crise que advêm de períodos de hospitalização prolongados”. Ela concluiu que “embora seja uma intervenção que utiliza animais, traz consigo um forte apelo à humanização, pois ajuda a descontrair o clima pesado de um ambiente hospitalar, melhora as relações interpessoais e facilita a comunicação. Por essas razões, sua prática será extremamente benéfica a todo o Sistema Único de Saúde, reduzindo, sobretudo, o período de internação dos pacientes, e acarretando efeitos colaterais positivos”,
Não pode ser desconsiderado que toda prática que envolve o uso de animal requer cuidados especiais e que somente o médico veterinário está habilitado a orientar tecnicamente, seja por conhecimento inerente à formação profissional ou força da lei que regula a profissão (Lei 5.517/1968).
No início de 2018, a Comissão Nacional de Ética e Legislação do CFMV (CONEL) propôs uma minuta de resolução para a diretoria da autarquia indicando a preocupação com os riscos sanitários inerentes a visitação de animais em unidades hospitalares voltados para a condução de práticas de TAA. O objetivo da proposta foi a publicação conjunta dos conselhos federais de fiscalização CFM e CFMV para disciplinar de modo claro os médicos e os médicos veterinários envolvidos com a prática, assim como orientar os demais profissionais e técnicos dos estabelecimentos que vierem oferecer ou permitir essas práticas, atuar de modo responsável,  ético e seguro para os animais e pacientes envolvidos, e respeitando às boas condutas de biossegurança em ambientes coletivos.
No texto proposto pela CONEL, e atualmente tramitando nas câmaras do CFM foram estabelecidas as regras mínimas a serem consideradas para permitir a entrada de animais em unidades hospitalares. São regras para os MV responsáveis técnicos pelos animais e diretores médicos autorizadores da TAA, para atestados médicos e médico-veterinários emitidos pelos profissionais, formulários de pedidos de TAA e autorizações a serem emitidas, alem de regras para o condutor do animal.
Na proposta em tramitação a autorização de visitação animal em unidades hospitalares para a TAA deverá ocorrer, obrigatoriamente, a partir de solicitação de visitação animal feita pelo interessado ao médico ou ao responsável técnico da unidade hospitalar. E a partir da solicitação, ser expedidos os atestados médico e médico veterinário, com validades a serem definidas e contendo várias informações previstas na Resolução.
As informações do atestado médico deverão ser preliminarmente consideradas pelo médico veterinário para que este faça a emissão do atestado. Isso visa garantir a saúde do animal quando em contato com o paciente a ser assistido ou visitado, assim como riscos sanitários que o animal pode sujeitar o paciente. No caso de haver a autorização, o médico definirá as condições em que a visita deve ocorrer.
A proposta sugere que o atestado médico deve observar, no mínimo a identificação do paciente quanto ao nome, sexo e idade e a sua história clínica com informações sobre as doenças infectocontagiosas de naturezas aguda ou crônica, em curso ou ocorridas, principalmente as zoonóticas. Já o atestado do médico-veterinário para fins de TAA deve observar, no mínimo: ser individual; validade máxima definida pelo médico veterinário, observadas, em qualquer caso, as condições do paciente e do animal; conter a identificação completa, inclusive com resenha detalhada, e preferencialmente com fotografias dos lados direito e esquerdo; informar quanto ao tratamento de endo e ectoparasitas e ausência de ectoparasitas e se atende corretamente ao plano de vacinação segundo a espécie. Além disso deverá informar se a saúde oral do animal é satisfatória; se há riscos clínicos e sanitários para o animal e o paciente a partir do contato, levando em consideração principalmente as zoonoses e indicar os cuidados e procedimentos necessários para a visitação, tais como uso de focinheira, coleira, transporte em compartimentos próprios, dentre outros.
Na visão da CONEL, as unidades hospitalares devem dispor de locais apropriados para a visitação, preferencialmente com acesso independente, de forma a evitar a proximidade de animais com outros pacientes não envolvidos com o tratamento. Além disso deverão designar um funcionário devidamente treinado e encarregado para o acompanhamento do condutor e do animal, o qual deverá entre outras coisas recepcionar, verificar a documentação e operacionalizar o fluxo, indicando a área específica para visitação e certificar-se que o animal esteja previamente higienizado antes de adentrar na unidade hospitalar, promover a higienização das patas ou proteger as extremidades dos membros. Deverá também manter um Livro de Registro com as datas das visitas, a identificação do condutor e do animal, o local utilizado na TAA e a identificação do paciente assistido e disponibilizar água potável para os animais durante a visita. Houve a preocupação em garantir a integridade física e o bem-estar do animal e do paciente assistido..
Enquanto não é aprovada a proposta de minuta de resolução pelo CFMV e CFM, nos locais onde a TAA já tem aprovação por lei, é necessário que os profissionais e condutores de animais envolvidos com a visitação de animais aos seus tutores ou clientes estejam conscientes de que os animais devem ter comportamento sempre tranquilo de modo a jamais concorrer para os riscos de acidentes de mordeduras, arranhaduras ou outros modos de defesa animal. Os animais envolvidos deverão ser criteriosamente selecionados, treinados e preparados. E no caso de animais que visitam o próprio tutor em hospitais é recomendável que o encontro seja realizado em uma área reservada, evitando o contato deste animal com fluxo de pessoas, barulhos de equipamentos e outros que possam interferir negativamente no estado emocional do animal e consequentemente do paciente.


terça-feira, 16 de abril de 2019

ADULTO OU FILHOTE ? QUAL A MELHOR OPÇÃO ?



Que filhotes são fofinhos e atrativos isso é um fato inegável. Mas será que um filhote é sempre a melhor opção ?
Eu sempre defendi a idéia de que adotar ou comprar deve ser uma opção a ser respeitada por todos. Existem canis sérios e querer um cão com características específicas deve ser uma opção que cabe ao futuro dono decidir.
Neste post a intenção não é sair julgando ninguém e sim mostrar as vantagens e desvantagens de se adquirir um filhote mais velho (com mais de 6 meses) ou mesmo um cão adulto (com mais de 1,5 anos de idade).

Eu por várias vezes tentei defender a idéia de que cães adultos são tão  maravilhosos quanto cães filhotes  mas fui repreendida sob o seguinte argumento "você é veterinária, entende de cachorro, para você qualquer coisa é fácil, mas para um leigo tem que ser filhote."
No que se refere aos cães de guarda e de temperamento mais forte ou agressivo, concordo que talvez seja mais dificil de se controlar mas no geral achei que tal afirmativa não fazia sentido pra mim.
Fiquei pensando sobre o assunto e resolvi fazer uma pesquisa  focando apenas pessoas comuns (que não trabalhem com cães).

Achei tal argumento absurdo e pedi a algumas pessoas que decidiram adquirir um cão já adulto que contassem um pouco da historia delas e confesso que chorei de emoção com alguns relatos.
Espero com isso, levar todos a repensarem conceitos (ou melhor pré-conceitos)

RELATO 1 – DANILO - EMPRESARIO
Olá boa tarde a todos...para ajudar alguns futuros interessados em adotar cães adultos, resolvi fazer esse post.Um pouco longo, mais julgo muito importante!!!!
Eu tinha tinha 2 filhos de bolinhas, no qual eram parte da minha vida... Infelizmente por uma fatalidade perdi um deles....
Como o que ficou, estava muito triste, resolvi arrumar outro cão para fazer companhia pra ele...
Pensei , relutei , e decidi adotar um outro cão. Surgiu então o dilema adotar um adulto, ou um filhote?? "Claro que optei por um filhote, eles são mais lindinhos, mas fofinho e me amaria muito mais... E eu poderia educa-lo a minha maneira..." Mas por ser filhote, ser lindinho, fofinho e adorável ninguém quer entregar pra adoção né???
Resolvi então pensar na possibilidade, de adotar um adulto... mas a condição que eu fiz foi.. quero que o cão me escolha, se ele quiser vir comigo, será esse que irei adotar...
Em um posto, aqui do grupo, vi um para adoção que lembrava muito o que eu havia perdido.. Resolvi então entrar na fila de interessados para entrevista...depois de umas 2 semanas de conversas, finalmente fui conhecer a kira...E como queria que ela gostasse de mim, é obvio que tentei facilitar as coisas (levei biscoitinhos, puro truque). rrsrsr
Fiquei nem meia hora conversando com kira, ela logo se abriu, sorriu, e com o olhar dela, parecia me paquerar!! E eu me sentindo o espertão só por causa de um biscotinho, mas ela foi muito mas esperta!!! Me olhou, me seduziu e me conquistou...Naquele momento senti que seriamos companheiros... Mas restava saber se ela conquistaria meu outro cão... E não é que a danadinha, seduziu ele tbm!!! srsrs Estão se dando super bem...
Estamos no processo de adaptação ainda, Confesso que pensei que demoraria a sentir o mesmo carinho que eu tinha pelo meu outro cão... Errei feio... Já sinto como se kira morasse comigo desde filhotinha...
E o processo de adaptação?? Os mesmo cuidados que temos com os filhotes... Muito amor, muito carinho, muita paciência... eles aprendem truques novos, comandos novos... demora um pouco igual aos filhotes... Mas tem suas vantagens não fazem coco pela casa nem xixi srsrsrs. Indico sim adotar um cão adulto, mas seja consciente!!! Eles precisam de tanto amor ou até mais que os filhotes... E te retribuem com o amor, companheirismos que só os adultos tem... Estou mega feliz...

RELATO 2  - MARCELO  - PROFESSOR DE ARTES
Existe uma verdade universal incontestável desde que o mundo foi criado, e aposto como você concorda com ela: absolutamente ninguém é igual a ninguém, seja física, emocional ou espiritualmente. Os seres humanos foram criados com características ímpares, únicas, cada qual indispensável para o curso da humanidade. Não é, portanto, sábio e nem justo as pessoas fazerem comparações acerca de seus atributos, opiniões e crenças.E isso acontece com os cachorros e vou compartilhar um pouco da historia .Prazer eu sou Marcelo ,e o que torna um pouco diferente ter nascido com 6 meses, 600 gramas e com paralisia cerebral .Sou formado em educação artística com habilitação em artes plasticas.Minha historia começa na faculdade com um projeto de estagio para entender como a criança se comportaria com algo novo ?.Meu projeto na faculdade teve inicio 2009 ,tive que comprar uma cachorro fêmea da raça Lhasa apso chamada :Candy era uma cachorra de 5 anos comprada em um canil .Minha medica aconselhou a comprar uma cachorra adulta que era melhor para a minha locomoção, que filhote não iria talvez atender minha necessidade conversamos durante um mes até eu aceitar e deu tudo certo fiquei 7 anos com a maior felicidade e com o maior ensinamento da vida Se está preocupado que um cachorro mais velho não vá criar laços com você, não fique. Cães são extremamente resistentes e coração aberto. Alguns superam completamente o passado em questão de dias. Outros podem levar algumas semanas ou meses, e alguns carregarão uma pequena bagagem por ainda mais tempo que isso. Trabalhar com seu cão ajudá-lo a superar os obstáculos necessários para aproveitar a nova vida, pode ser uma experiência incrivelmente gratificante – e o resultado em longo prazo, é uma relação de amor.TENHO 6 CÃES (TODOS JÁ CHEGARAM ADULTOS) QUE VÃO EM VÁRIOS LUGARES COMIGO ,NA ESCOLA ,ASILOS ,PRAÇA ,HOSPITAL .Fazem parte minha vida

RELATO 3 – ESTUDANTE
Na verdade eu prefiro pegar cães adultos, então só criei uma cachorra desde filhote. Sempre acho mais fácil do que com filhotes hahaha.
Tenho uma SRD que veio para minha casa quando eu não planejava ter nenhum outro cão, eu tinha um husky e uma outra SRD e só queria outro cão quando meu husky falecesse, mas vi o anúncio dela para adoção, achei ela linda e fui atrás. Moro com mais 5 pessoas (pais, avós e irmã) e na época só minha mãe sabia que eu tinha decidido ficar com ela, o resto da casa achava que eu tinha trazido ela apenas para tratar da saúde pois ela tinha uma miíase na pata, uns problemas de pele, anemia. Acredito que ela tenha sido a adaptação mais chata entre meus cães pois era muito insegura, se escondia e atacava se alguém ou outro cão chegasse perto. Um mês depois quando ela já estava bem melhor (tanto de saúde quanto de sociabilização) que eu contei que ela iria ficar comigo, mas todo mundo já estava acostumado com a presença dela e ninguém ligou para a notícia haha Hoje ela tem só metade de uma pata (que ela não apoia) e é muito ciumenta com outros cães, tirando a Luna. Quando eu trouxe a Luna, minha chinese, pra casa, essa minha SRD foi a que aceitou melhor ela, se dão muito bem hoje em dia, e a adaptação da Luna foi perfeita, ela se apegou muito a minha mãe, eu e meu avô, e dos outros integrantes da casa ela gosta muito deles quando tem comida na mão hahaha Ela acabou por pegar algumas manias das minhas cachorras, não tinha nenhum tipo de mania que fosse incômodo para mim ou para as outras pessoas da casa. Já tive sete cães, seis deles vieram adultos para mim, e a única que veio filhote foi a que me deu mais dor de cabeça e a que mais tem manias que me incomodam muito hoje em dia (ela tem 8 anos).

RELATO 5 – LETICIA  - CHEFF DE COZINHA
Quando optei por um cão adulto estava buscando um cão com temperamento estabelecido, e que não tivesse que passar pela fase destrutiva de filhotes, tinha uma neném e ela estava me enlouquecendo com roer coisas e necessidades fora do Lugar. E o resultado não poderia ser melhor, em menos de 2 semanas elas estavam mais que adaptadas, se dando bem tanto com os outros animais da casa, quanto as pessoas, uma delas inclusive é o xodó de todos. E eu? Bem, não sei se terei outro filhote novamente depois de ver a quantidade de prós que ha em se adotar um cão adulto.

RELATO 6 – FRED – CABELEIREIRO
Adotamos uma fêmea de shih tzu de seis anos com a saúde já bem debilitada tinha varios nódulos nas mamas e úlcera em um dos olhos ( e só foi descoberto na primeira consulta após a adoção) . Ela foi resgatada de maus tratos era de uma “criadora” na época nos recebíamos alguns cães como lar temporário e tínhamos contato com alguns protetores e foi quando a belinha nos foi oferecida, desde o início a adaptação foi muito fácil pois ela só precisa de cuidados e carinho .. porém foi um pouco difícil educar kkk ela não tinha a menor noção de onde era lugar para comer e fazer as necessidades mas com muito carinho e dicas de amigos conseguimos resolver isso rápido.
Foi questão de tempo para ela virar a estrela e da casa e da família
Depois das cirurgias no olho e a retirada das mamas ela ficou muito mais carinhosa carente
Ficou pouco mais de quatro anos e infelizmente faleceu. Mas em momento algum tivemos arrependidos de ter adotado.

RELATO 7 - LIANA  - ADVOGADA 
dotei dois filhotinhos, irmãos de ninhada, e um ano depois adotei uma cadela já adulta. As experiências foram muito diferentes - todas positivas. 
Desde que chegaram, a adaptação dos filhotes foi tranquila. Eles estavam sempre juntos e nunca pareceram sentir a diferença da casa de onde eles nasceram para a nossa casa. Foram descobrindo a casa aos poucos e destruíram tudo o quanto puderam quando eram bebês; depois de grandes, a onda terrorista passou.
Já a cadela adulta, quando chegou, ficou bem chateada com a mudança. Passou três dias muito triste, e principalmente a noite, para dormir, ela chorava muito e se recusava a deitar com os outros filhotes ou conosco. Depois desse curto período se adaptou super bem, nunca destruiu nada e é nitidamente muito mais apegada aos humanos do que aos cachorros. 
Os três se dão super bem, mas nas brincadeiras que ela fica um pouco à parte, talvez pela diferença de idade. Nunca brigaram.
As principais diferenças na chegada dos pequenos e da adulta foram na adaptação, que foi mais simples com eles (mas que também foi fácil com ela); e, principalmente, em relação a destruição. A fúria de filhotes nos causou um prejuízo grande que a mais velha nunca deu.
 Achei a adaptação adulta super tranquila. Foram só três dias, e mesmo nesses três dias a dificuldade maior dela era de noite. Com os humanos por perto ela sempre ficou super bem. E é mais apegada na gente do que os pequenos. Adotaria adulto de novo com certeza!

RELATO  - ADRIANA –EMPRESÁRIA
Aqui sempre tenho caes adultos. tem uns mais tranquilos e outros mais agitados. ja tive uma bulldogue que cortei um dobrado com ela. ela só atacava homem e mordia no saco. Tive uma dogo argentino de resgate também que me mordeu muito. mas acabou acostumando.
Essas duas vieram de maus tratos, e cães assim não adianta vc medir força , precisa conquistar na confiança ,mas é preciso ter pulso forte.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

NOTICIAS: ERIK OF AVALON LAND

Acabei de receber essas fotos do meu menino Erik que hoje atende pelo nome de Pepê.


Fiquei muito feliz de ver como está bonito e amado.
Erik Pepê é filho a minha neguinha Zafira com meu querido Wasabi.
Muito obrigada Mariana pelas fotos!

sábado, 15 de dezembro de 2018

RAGNAR, RAJ E FAMÍLIA

Não resisti. Sempre dou risadas com essas brincadeiras e quis compartilhar com vocês um pouco mais da rotina e da alegria destas crianças.


Esperam que tenham gostado!

CÃO DE CRISTA CHINÊS- NINHADA R

Que tal se divertir um pouco com a alegria contagiante dessas crianças?


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quarta-feira, 28 de novembro de 2018

VAMOS FALAR DE CHOCOLATE ?



Tudo começou quando Gregor Mendel começou a observar ervilhas e demonstrou que os genes ocorrem em pares, criando conceitos que serviram como base para o desenvolvimento da genética e da compreensão do DNA.

A pelagem dos cães é determinada por diferentes pares de genes, tornando seu estudo um pouco mais complexo e extremamente interessante. Vou tentar explicar passo a passo para facilitar a compreensão desse universo mágico de cores que podemos observar nas mais diferentes raças caninas. Neste post vou me ater basicamente ao genótipo que determina o fenótipo chocolate.

A cor fígado em algumas raças recebe a denominação de chocolate e é ocasionada pelo gene recessivo "b". Por ser recessivo para que o fenótipo ocorra é necessário que esteja em homozigose ou seja "bb" (a presença do gene "B" não permite a expressão da cor fígado).
O gene B afeta somente a eumelanina (pigmento preto), sendo assim para ter a cor fígado, é preciso que se tenha o dupla "b" associado a presença da eumelanina (isso inclui também os merles e os mantados).

Para ser considerado fígado (chocolate) o cão NÃO pode apresentar pelos preto na pelagem! É geneticamente impossível um cão figado apresentar pelos pretos ou cinzas (azul), assim como é impossivel um cão preto ou  cinza possuir marcações figado na pelagem.

O figado não é a diluição de uma cor e sim a forma homozigota recessiva da eumelanina! Este é um ponto importante para que se possa compreender as nuances de marrom existentes.
O termo diluição somente pode ser utilizado quando tem-se a presença do locus D, cujo gene recessivo "d" irá diluir o fígado ou o preto levando as cores conhecidas como isabela, lilac, light chocolate e azul.
Assim como a pelagem, as cores da trufa e dos olhos também serão afetadas por esses mesmos genes. 

O cão fígado (chocolate) pode, entretanto, conter também a feomelanina cuja expressividade irá depender da presença dos locus A e K 



Como o locus "D" afeta de forma diferente a eumelanina e a feomelanina, quando acompanhado do gene At  teremos os cães conhecidos como black and tan e chocolate and tan (exemplo - doberman)

(foto - internet / google)






Se além do At tivermos também a presenta do locus S teremos as pelagens tricolores observadas por exemplo  na raça terrier brasileiro e no cão de crista chinês 

Terrier brasileiro - pelagem tricolor 
(Foto Thayana Andrade - Canil Jardim Imbuí)


Cão de Crista Chinês 
(Foto; M. Baptista)


Algumas vezes a feomelanina é confundida com a eumelanina levando a erros na classificação e denominação das pelagens principalmente em raças onde uma ampla variedade de cores é aceita.
Dependendo da forma como se expresse a feomelanina pode acarretar um tom castanho que lembra a cor fígado. Este "falso chocolate" terá trufa  preta, olhos predominantemente escuros e pode ou não apresentar pelos pretos na forma de patch ou nas pontas (locus A - alelos Ay / sable )


Spitz Alemão (Pomerânia) - repare na  mudança na cor do filhote para o adulto 
Foto: Rafael Pina - Canil Life Kingdom


Cão de Crista Chinês - pelagem vermelho sable 
(Foto: M. Baptista)


Em algumas raças a cor fígado é chamada de vermelho. Isto, do ponto de vista genético, é incorreto e faz com que muitos confundam o vermelho escuro com o fígado. Vale ressaltar que o vermelho se origina a partir da feomelanina e o fígado (chocolate) a partir da eumelanina, logo são cores completamente distintas do ponto de vista genotípico.

Repare nas duas fotos abaixo. Ambos os cães apresentam tan points (são tricolors) e se olhar rapidamente pode parecer que ambos são da mesma cor. Entretanto, se olhar com atenção ira perceber que o Aussie apresenta trufa da mesma cor da pelagem e tem um tom mais uniforme, enquanto que o chinese tem nuances mais escuros e trufa preta. O primeiro é um cão de pelagem fígado verdadeira ("bb"), enquanto o segundo apresenta cor derivada da expressão da feomelanina.


No caso da feomelanina temos alguns outros locus interferindo (locus A, K e E)  mas vamos deixar essa conversar para um proximo post. 

quarta-feira, 14 de março de 2018

RANGELIOSE CANINA




A Rangelia vitalli é um protozoário que causa em cães a rangeliose, doença descrita somente no Brasil, com distribuição possivelmente mais alta que a descrita em literatura. Afeta principalmente animais jovens, podendo incomumente acometer cães adultos, que vivem em áreas rurais ou periurbanas. Tal doença é transmitida por carrapatos da espécie Amblyoma aureolatum e Rhipicephalus sanguineus.    
     
Normalmente, os animais infectados podem apresentar os seguintes sinais clínicos: icterícia, febre intermitente, apatia, anorexia, fraqueza, desidratação, emagrecimento, hepato e esplenomegalia, linfoadenomegalia, petéquias, hematêmese, sangramento em narinas e diarreia sanguinolenta. A doença tem evolução de dias até 3 meses, dependo do estágio da doença, que pode ser aguda (ictérica), subaguda (hemorrágica) ou crônica. A sobreposição dessas fases já foi descrita em literatura.

Os parasitos são encontrados no interior de eritrócitos, neutrófilos e monócitos. Os achados laboratoriais são anemia macrocítica hipocrômica, resultado da lise dos eritrócitos afetados, mas pode ocorrer anemia normocítica normocrômica. Se houver tempo adequado para a resposta medular, a anemia encontrada é do tipo regenerativa. Baseado nisso, em esfregaço sanguíneo pode-se observar anisocitose, policromasia, metarrubricitemia e Corpúsculos de Howell-Jolly. Também podem ser observados esferócitos e aglutinação eritrocitária. A leucocitose pode estar ou não presente e a trombocitopenia pode variar de leve a moderada. Os achados de bioquímica sérica são inespecíficos, podendo as enzimas hepáticas estarem aumentadas em decorrência do processo inflamatório, além do aumento de bilirrubinas em decorrência da lise eritrocitária que pode ocorrer em casos mais graves da doença. A urina pode apresentar-se escurecida devido a presença de urobilinogênio e bilirrubinas excretadas.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico é feito através de PCR de sangue total em EDTA, medula óssea em EDTA e material de linfonodo. A coleta de sangue periférico de ponta de orelha ou cauda aumenta a chance de detecção do DNA do patógeno. Outros métodos para auxílio diagnóstico consideram esfregaço de ponta de orelha para pesquisa direta, punção aspirativa por agulha fina de linfonodos e pesquisa em medula óssea.

Essa doença pode ser confundida com outras enfermidades, devido à similaridade de sinais clínicos. O diagnóstico diferencial deve incluir: babesiose, ehrlichiose, leishmaniose, leptospirose, verminoses intestinais e outras doenças que cursem com anemia, icterícia, febre, hepato/esplenomegalia e hemorragias.

Se o paciente não for tratado a tempo, pode evoluir a óbito. Os cães que se recuperam adquirem imunidade contra o parasito.



 Fonte: informativos TECSA 

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

RETROSPECTIVA 2017

Todo início de ano gosto de parar para avaliar meus erros e acertos, pensar no que foi feito e estipular metas para o ano que está começando.

O ano de 2017 começou complicado para mim. Problemas familiares, eu tive alguns problemas de saúde, descobri q minha westie velhinha havia desenvolvido diabetes, meu dálmata velhinho teve um AVC e com ele uma série de complicações. Minha vida parou. Foi uma luta árdua mas apesar de todos os recursos e esforços ele hoje está correndo no céu, não há mais dor nem sofrimento. Apenas saudades. Não me arrependo de todas as noites em claro e nem de todo dinheiro gasto para que meu menino tivesse um pouco de qualidade de vida e recebesse de volta todo amor que sempre me dedicou. Faria tudo novamente.

Só consegui entrar em pista na metade do ano e não tive tempo de fazer a campanha que havia planejado. Mas apesar das dificuldades tenho muito a agradecer pelas conquistas realizadas.




DOROTHEA OF AVALON LAND - fez sua estreia nas exposições em grande estilo nas mãos do handler e amigo Adrian Fernandez
Foi Campeã Brasileira, Campeã Panamericana e faltou muito pouco pra fecharmos o grande campeonato.


ANGEL OF AVALON LAND - fez um breve retorno às pistas para fechar o.campeonato internacional



CECÍLIA OF AVALON LAND - participou de poucas exposições mas fechou os títulos de Campeã Brasileira e Campeã Panamericana
















IANA OF AVALON LAND - entrou como jovem e conseguiu o.titulo de Jovem Campeã Brasileira. Agora e se preparar para a classe adulta.



KHALLESI OF AVALON LAND - entrou meio tímida na primeira pista. Era sua primeira exposição e sua primeira vez num local com tantas pessoas e tantos cães. Contudo fez todos os comandos dados pelos juízes perfeitamente e não só conquistou o titulo de Campeã Filhote como ainda ganhou como melhor da raça no meio de cães muito mais experientes me enchendo de orgulho e alegria.









Além dos títulos conquistados ainda tivemos a chance de mostrar a beleza e o excelente temperamento dos nossos cães  através da parceria AValon Land Kennel e a Pet Arte Animais :Atores. 

Mais uma vez eu gostaria de deixar meu obrigado a todos q me apoiaram de alguma forma e aos juízes que reconheceram as qualidade das minhas "crianças".
Muito obrigada Adrian Fernandes, Caio FreitasViviane Lins Nobile CuoreRafael Pina Fatima BaptistaFlavia SchelederLorena Buntemeyer e Catia Leony por todo apoio logistico e emocional nas horas de desespero.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

DIGA SIM A CASTRAÇÃO DE CÃES PET


Este mês tive algumas notícias muito tristes que chegaram a fazer eu pensar em desistir. 
Por mais que  você  selecione e tente acompanhar nunca conseguirá estar presente o tempo  todo  nem adivinhar o q passa na mente de algumas pessoas. Já deixei de fazer muitas vendas por achar q a pessoa não iria cuidar mas já tive experiências ruins. Já peguei muitos cães de volta por motivos variados. Na grande maioria das vezes o tutor me procurou com desculpas do tipo 
"Ele rasgou meu sofa" 
"Ele estragou o jardim " 
"Descobri que dá muito trabalho " 
"A ração está muito cara"
Confesso que fico um pouco triste pois tudo isso é explicado antes da compra mas não os condeno pois pelo menos não abandonaram, maltrataram ou como já tive o desprazer de ver num plantão pediram pra sacrificar porque não tinham tempo (obviamente me recusei e comuniquei ao administrador  da clínica).
Ao me devolverem tenho a chance de procurar um bom lar ou eu mesma cuidar. 

Já usaram um laranja pra comprar um cão meu que descobri em seguida na mão de um cachorreiro ao qual havia negado a venda.
Nestes 17 anos de criação cada problema q encontrei procurei contornar da melhor forma possivel. 
Meu contrato de venda foi crescendo e se aprimorando a medida que descobria brechas que deixavam o animal desprotegido de malucos. 

Talvez para aqueles que estão iniciando neste mundo seja difícil dimensionar o quão difícil é controlar todos os cães que vende e compreender a importância do que estou tentando explicar.

Quando anunciei que passaria a entregar meus filhotes castrados fui aplaudida por alguns mas condenada por outros. 

Fui questionada por nem todos os meus cães terem feito exames de DNA. Concordo que a ciência avançou muito e que pode nos auxiliar na prevenção de várias doenças hereditárias. Por que então não gasto meu dinheiro fazendo exames ao invés de gastar com castração? 
Não sou contra em nenhum momento a realização dos testes. Tenho intenção de aos poucos ir testando todos pois são exames caros e não disponho de uma quantia que permita fazer todos juntos.
Mas achar que a castração é menos importante eu discordo. 
Ao conhecer a linhagem de seus cães consegue -se ter uma boa noção de se um cruzamento pode ou não ser realizado. Um estudo genealógico permite que você preveja muitas coisas 
Mas talvez isso seja trabalhoso demais e é mais fácil não estudar e pagar a um laboratório pra testar e pronto. 

Aí eu questiono. 
Que adianta ter mil exames comprovando a saúde do seu cão e entrega-lo sem castrar para q saia cruzando com qualquer outro que o proprietário ache simpático (mesmo que não sejam da mesma raça) ? 
Até que ponto um contrato super bem elaborado te dará garantia que esse animal não será explorado ou cruzado indevidamente ? 

Seleção genética e extremamente importante sim mas a castração de cães pet deveria ser obrigatória.
Enquanto os criadores que se dizem cinofilos sérios não se unirem cada vez mais haverão cachorreiros explorando seus cães e alimentando um comércio cruel e uma fábrica de tortura.

A castração pediátrica no macho pode ser feita a partir dos 2 meses e das fêmeas aos 4 meses. Entregar um filhote aos 4 meses já com todas as vacinas e castrado a meu ver demonstra amor por esses cães e acima de tudo é sinônimo de responsabilidade!! 

Fica aqui a minha opinião  e um apelo aos criadores. Animal não é brinquedo e reprodução é algo muito sério. Não venda animais sem castrar. Juntos podemos acabar com o comércio de aberrações e com a exploração desumana de muitos.