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Dálmatas e Chinese Crested Dog

domingo, 7 de agosto de 2011

GRUPOS SANGUÍNEOS



Assim como os seres humanos os animais também possuem diferentes grupos sanguíneos, cujo o número varia com a espécie

Os grupos sangúineos são definidos por antígenos espécie-específicos presentes na superfície das hemácias.

Os antígenos eritrocitários tem diferentes graus de imunogenicidade e portanto significados clínicos distintos e sua detecção é realizada através de testes sorológicos (anticorpos policlonais ou monoclonais)

Na medicina veterinária, o significado clínico dos grupos sangüíneos está associado às reações transfusionais e à isoeritrólise neonatal. Os antígenos determinantes dos grupos sangüíneos, por serem marcadores genéticos, podem também ser utilizados para resolver casos de disputa de paternidade, além disso, mesmo que ainda não comprovado, podem estar envolvidos na anemia hemolítica imunomediada e podem servir como marcadores de doenças.

Os cães os grupos sanguíneos são classificados como DEAs (Dog Erythrocyte Antigen). Já foram descobertos 8 grupos mas apenas 5 tem importância na clinica veterinária. São eles DEA1 (subgrupos 1.1 , 1.2, e 1.3), DEA 3, DEA 5, DEA 6 e DEA 7.

Dentre estes grupos o DEA1 e o DEA 7 são os que apresentam maior importância pois são os que podem com maior freqüência ocasinar uma anemia por hemólise pós transfusional severa.

Com exceção dos subgrupos do grupo DEA1, que pertencem ao mesmo locus e portanto não podem estar presentes num mesma eritrócito, os demais podem apresentar qualquer combinação possível sob a superfície celular de um mesmo indivíduo. Deste modo existem um número muito grande de possíveis combinações tornando a tipagem sanguínea em cães muito mais complexa do que a realizada em seres humanos.

Dentre os grupos sanguíneos observados em cães, o DEA1.1 é o mais importante pois é o que acarreta reações mais severas e mais rápidas podendo levar, inclusive, um animal a óbito após uma transfusão. Entretanto, o organismo não possui anticorpos naturais contra este antígeno e portanto as chances de uma resposta aguda são pequenas na primeira trasnfusão. Deste modo, um cão DEA 1.1 negativo ao receber sangue de um outro animal que seja DEA1.1. positivo precisará primeiro reconhecer o antígeno para depois produzir anticorpos ant-DEA1.1 . Neste caso, se este mesmo receptor necessitar no futuro receber uma nova transfusão ele já terá anticorpos antiDEA1.1 prontos e armazenados no seu organismo logo se o sangue que ele receber for DEA 1.1 positivo, a reação será imediata e a hemólise será aguda.

Portanto, sempre que for necessária a realização de um transfusão sanguínea em um indivíduo que já recebeu sangue previamente, deve-se obrigatoriamente efetuar um teste de compatibilidade para evitar problemas graves.

Os demais grupos são menos comuns e ocorrem numa freqüência que varia de 20 a 7%.

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