A Leishmaniose é uma doença causada por um protozoário do gênero Leishmania.
As leishmanias fazem parte de dois grandes grupos: o grupo que causa a leishmaniose tegumentar (leishmaniose cutânea, muco-cutânea e cutânea difusa), sendo que nesse grupo encontramos a Leishmania mexicana, L. braziliensis, L. tropica. O segundo grupo, este de maior interesse, é o da leishmaniose visceral e os protozoários envolvidos são a Leishmania donovani e L. chagasi, sendo apenas esta última encontrada no Brasil.
Tanto o cão quanto o homem se contaminam ao serem picados por um pequeno mosquito, um flebotomideo do gênero Lutzomya conhecido popularmente como mosquito palha ou cangalhinha. Este gênero ocorre normalmente em áreas de mata e a construções de habitações humanas em áreas recém desmatadas próximas a áreas florestadas aumenta o risco de contrair a doença.
O fato de um cão viver numa região onde o risco de infecção é mais reduzido, não implica que esteja mais seguro, pois basta que, durante as férias ou um fim-de-semana, se desloque para as regiões mais afetadas, para ficar exposto a um risco de infecção maior.
mosquito flebotomideo (fonte: internet)
O cão é considerado o principal reservatório da doença e por isso o Ministério da Saúde proíbe o tratamento no Brasil. Uma vez diagnosticado como portador o animal deverá ser sacrificado para evitar pessoas e outros animais sejam também infectados.
SINTOMAS
O aparecimento dos primeiros sintomas da Leishmaniose, após a transmissão pela picada do “mosquito palha”, pode demorar semanas ou até alguns anos; cerca de 20% dos animais infectados podem nunca manifestar sintomas. A maioria dos animais aparenta estar saudáveis na época do diagnóstico clínico, mas quando desenvolvem a doença podem apresentar os seguintes sintomas:
- Apatia (desânimo, fraqueza, sonolência);
- Perda de apetite;
- Emagrecimento rápido;
- Feridas na pele, principalmente no focinho, orelhas, articulações e cauda (que demoram a cicatrizar);
- Pelos opacos, descamação e perda de pelos;
- Crescimento anormal das unhas (onicogrifose) com o avanço da doença;
- Aumento abdominal (“barriga inchada” pelo aumento do fígado e do baço);
- Problemas oculares (olho vermelho, secreção ocular);
- Diarreia, vômito e sangramento intestinal.
foto: internet
foto: internet
Se houver suspeita da doença é importante procurar um medico veterinário de sua confiança o mais rápido possível.
COMO EVITAR
O uso de coleiras repelentes para mosquito é uma excelente alternativa para prevenir a doença.
Outras opções incluem
- telar janelas em canis com telas específicas para mosquitos
- manter uma luz acesa durante a noite (o Lutzomya não gosta de lugares claros)
-tratar adequadamente os dejetos para evitar a proliferação de moscas
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