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Dálmatas e Chinese Crested Dog

sexta-feira, 22 de junho de 2012

DISPLASIA COXO FEMURAL




A displasia coxo femural é um problema de desenvolvimento que acomete principalmente cães de  raças de grande porte, bem alimentados e de crescimento rápido.  O problema ocorre devido a um encaixe imperfeito entre a cabeça do fêmur e o acetábulo (depressão existente na bacia onde ocorre o encaixe do osso femural).

Geralmente a doença já nasce com o animal, sendo de caráter hereditário (transmissível geneticamente) logo cães que apresentem a patologia não devem reproduzir.
Ambos os sexos são igualmente afetados ou seja não há predisposição sexual para o surgimento da doença.

Ao nascer as articulações ainda não estão bem formadas e portanto só é possível se obter um diagnóstico definitivo quando o animal completar 2 anos de idade.
O problema é geralmente bilateral (ou seja acomete ambos os lados do quadril) mas casos unilaterais também podem ocorrer.

Algumas raças como rotweiller, pastor alemão, labrador, golden retriever são acometidas com maior freqüência. Apesar de ter porte grande o problema é raro em dobernmans, em contrapartida cães da raça poodle apresentam a patologia com freqüência  elevada. Os bons criadores, que criam com seriedade e buscam o aprimoramento da raça devem submeter todos os seus cães a exame radiológico ao completarem 2 anos para verificar se são ou não portadores do problema.

A radiografia deve ser feita seguindo alguns critérios para que se possa ter um diagnóstico preciso.
O animal deve ser mantido em decúbito dorsal e deverá ser previamente anestesiado ou submetido a sedação profunda  para que possa ser posicionado de tal forma que não deixe dúvidas ao se dar o laudo do exame.

De acordo com a Federação Cinológica Internacional e o Colégio Brasileiro de Radioloigia, o animal poderá ser classificado de A até E de acordo com a intensidade do problema.
Grau – A – animal sem displasia
Grau - B – animal suspeito
Grau – C – displasia leve
Grau – D – displasia moderada
Grau – E – displasia grave (necessita de tratamento cirúrgico)

A melhor forma de evitar a doença é não acasalando animais que tenham graus C, D ou E. Apenas animais A e B estão aptos para reprodução.
Além disso alguns outros cuidados podem ser tomados como por exemplo:
- não manter filhotes em pisos muito lisos
- evitar sobrepeso (animais muito gordos) – especialmente na fase de crescimento
- fornecer uma alimentação balanceada e  de boa qualidade
- exercícios dentro d’agua, a  partir de 3 meses de idade ajuda a fortalecera musculatura sem causar danos a articulação.

5 comentários:

  1. muito boa explicação...
    desejaria que o mesmo cuidado fosse incutido nos criadores a respeito de acasalar parentes..e principalmente animais com doenças hereditarias..
    no caso dos dalmatas, a acidez na urina elevada e a deformidade dos rins..eles saõ sensiveis a comida industrializada

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    Respostas
    1. Olá Victor
      fico feliz que tenha gostado do texto.
      O acasalamento entre parentes quando se conhece bem o pedigree e é bem planejado pode ser util as vezes.
      contudo concordo com vc - se os criadores tivessem uma maior preocupação em selecionar os cães que estão cruzando teríamos muito a crescer dentro da cinofilia brasileira.
      Acredito que o maior problema ocorra nos acasalamentos feitos por não criadores simplesmente pq acham "bonitinho" ver seus cães cruzando.
      O problema do rim no dálmata é mais complicado pois a raça não possui uma enzima no rim,logo a partir do momento que ele é um dálmata ele tem predisposição para formação de cálculos.
      Quanto a acidez nem sempre ela é a causa, algumas vezes a falta de acidez pode provocar calculos também. Somente um exame de urina pode determinar o tipo de calculo e o grau de acidez (pH) da urina do animal.
      Eu particularmente sou totalmente a favor da castração de cães que serão criados como cães de companhia, evitaria acasalamentos indesejáveis além de previnir diversas doenças.

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  2. gostei de sua resposta....mas discordo veementemente do acasalamento de parentes, sob nenhuma hipótese...ja tive 2 dalmatas, um fígado com sarna demodécica que teve morte súbita..aos quase 7 anos..não conheci os pais, o outro preto e branco, que só vi a mãe, era epilético e tive que sacrificá-lo, ano passado aos sete anos...e agora o outro figado que fez sete anos e esta com insuficiência renal...hoje ele ja não latiu na varanda e caminha e camera lenta na rua já esta tomando eritromax para a anemia......serão três anjos...eu adoro os dálmatas..paixão a primeira vista que depois disso tudo virou amor a raça.. JURO POR DEUS QUE SE ACERTAR NA MEGA vou financiar pesquisas com celulas tronco e as enzimas que faltam aos dálmatas..além do problema da tireóide..
    agora só fico com o irmão do epilético..pois minha irmã operou os joelhos e não pode mais com ele..ele tem um pequeno sopro no coração e ja fez 8 anos....
    desejo a voces muito ajuda de deus para colaborar na superação deste probleminhas com os dálmatas...eles não merecem sofrer mais...
    ps: adorei o dalmata portuga, pai do max...eu gosto desse tipo..
    que Deus nunca lhes deixe faltar ajuda, saúde e fortuna a vcs e a sua familia dos pintados...
    tudo de bom...

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  3. Parabéns! adorei o texto, explicação fácil de entender! Espero que realmente busquem controle das raças para que nossos peludos não sofram com este tipo de problema.

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