O Lupus é uma doença imunomdiada (auto imune) e podemos observar 03 variações da doença:
- lupus eritematoso discóide (LED)
- lupus eritematoso sistêmico (LES)
- lupus eritematoso cutâneo vesicular (LECV)
O Lupus Eritematoso Discóide é uma patologia relativamente comum em cãeS e rara em gatos. É considerada como uma variação benigna do LES. Os principais sintomas são: despigmentação nasal, escamação, lesões ulceradas e crostas. Estas lesões ocorre geralmente na cabeça e podem envolvr lábios, focinho, região periocular (pálpebras, contorno nos olhos) e orelhas.
lesões escamativas na trufa em cão com Lupus Eritematoso Discóide
Fonte: internet
Despigmentação nasal em cão com LED
fonte: internet
O Lupus Eritematoso Sistêmico é a forma mais grave e agressiva da doença. É uma doença que pode acometer cães, gatos e raramente cavalos. A doença é observada com maior frequencia em cães das raças: beagle, collie, pastor de shetland e poodle.
O LES é um distúrbio multissistêmico no qual anticorpos contra proteínas específicas de tecidos (hipersensibilidade tipo II) e deposição de imunocomplexos (hipersensibilidade tipo III) acarretam danos em diferentes órgãos. Mecanismos do tipo V (hipersensibilidade tardia) também podem contribuir para o dano tecidual.
Os sintomas mais comumente observados são:
- febre (100%)
- edema na articulação na poliartrite não erosiva (91%)
- manifestações dermatológicas (60%)
- sinais de insuficiência renal (vômitos, poliúria, polidpsia, proteinúria)
- linfoadenomegalia periféria
- lesões de pele
Os sintomas cutâneos são inespecíficos. As lesões, multifocais ou difusas, incluem erosões, úlceras, escamas, alopecia (perda de pêlos), crostas e escoriações. Qualquer parte do corpo pode ser acomeida contudo são mais observadas na face e extremidades (patas, caudas e orelhas).
O diagnóstico é feito através de biopsia de pele e o prognóstico é reservado.
O Lupus Eritematoso Cutâneo Vesicular é uma patologia também conhecida sob a denominação de adermatose ulcerativa vesicular de cães das raças Collie e Pastor de Shetland.
A patogênese exata não é bem conhecida. As lesões primárias são vesiculas e bolhas que surgem, em geral no verão, após a exposição a radiação ultravioleta do sol e são muitas vezes confundidas com dermatose solar (queimaduras de sol). Lesões secundárias incluem ulcerações especialmente nas áreas com poucos pêlos (vrilhas,axilas, barriga, face medial da coxa) e podem progredir para orelhas, boca e coxins. Infecções secundárias por bactérias e/ou fungos ocorrem com frequencia, deixando os animais mais debilitados e predispostos a sepse.
Por serem imunomediadas, recidivas são comuns e o paciente deverá ter acompanhamento veterinário para o resto da vida. Entretanto, se tratados corretamente muitos animais conseguem conviver com a doença por muitos anos.
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