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Dálmatas e Chinese Crested Dog

terça-feira, 29 de setembro de 2015

PROGRAMA MAIS VOCÊ


O dia no canil hoje começou mais cedo que o de costume. As 4h começaram os preparativos para a filmagem. Dar banho, escovar, pentear, hidratar a pele, tudo para que os jovens atores ficarem lindos.

Carlota, Candy e Caleb fizeram sua estréia na telinha em alto estilo junto com vários filhotes de outras raças, todos com idade entre 3 e 4 meses.
A turminha apesar de jovem se comportou muito bem. Candy parecia muito confortável no colo do zootecnista Fernando.
Carlota estava muito a vontade, fez até alguns truques durante as gravações e nos bastidores. O menino Caleb que demorou a se soltar e permaneceu quieto, só observando,  a maior parte do tempo.


Sob o comando da apresentadora Ana Maria Braga, gravamos ao vivo para o programa Mais Você, no Projac, Rede Globo.

Confiram algumas cenas











No final algumas fotos para guardar de lembrança



Quer ver vídeo completo ? Clique AQUI   e confira



Agradeço a equipe Pet Arte e a Flavia Scheleder por mais esta oportunidade e pela confiança. Tivemos a chance de mostrar ao Brasil um pouquinho da nossa criação e desta raça incrivel e pouco conhecida que é o cão de crista chinês em suas duas variedades.


sexta-feira, 18 de setembro de 2015

SURDEZ X GENÉTICA


A surdez congênita é a anomalia genética mais comum em cães e gatos. A surdez congênita (tanto em cães como em outros animais) pode ser adquirida ou hereditária.
É válido lembrar que a denominação congênito(a) é dada a tudo aquilo que se desenvolve durante o processo de desenvolvimento intra-uterino. Entretanto nem tudo tem caráter hereditário ou seja nem todas as anomalias adquiridas antes do nascimento são transmissíveis  aos seus descendentes. Uma anomalia é dita congênita hereditária quando é oriunda da herança genética transmitida pelos pais.
No caso da surdez em cães, como o ouvido nesta espécie só termina seu desenvolvimento cerca de 3 semanas após o nascimento, qualquer filhote com menos de 6 semanas que apresentar surdez, esta será considerada congênita.
Entre as causas de surdez congênita adquirida pode-se citar infecções intra-uterinas, drogas com efeito ototóxico como por exemplo a gentamicina, doenças hepáticas, exposição a substância e fármacos tóxicos antes ou logo após o nascimento.
A surdez congênita hereditária pode ser causada por um defeito genético autossômico dominante ou recessivo, ligado ao sexo, de origem mitocondrial, ou pelo envolvimento de múltiplos pares de genes.
Em geral, é praticamente impossível determinar a causa, a menos que o problema seja observado nos pais ou que seja inerente a raça.

Segue abaixo uma listagem das raças em que a surdez congênita já foi diagnosticada, de acordo com o trabalho de Simeon & Monnerau. Se considerarmos entretanto a listagem publicada por George Strain este número sobe pra 85 raças.


Akita Inu Husky siberiano 
American Starffordshire Terrier Jack Russel Terrier
Beagle  Kuvasz
Bichon Frisé Labrador Retriever
Borzói Maltês
Boston Terrier  Pappillon 
Boxer Pastor Alemão
Buldogue Francês Pastor Australiano
Buldogue inglês Pequeno Cão Lobo
Bull Terrier  Pequeno Lebreiro Italiano
Cão de Crista Chinês Puli
Cavalier King Charles Spaniel Rodhesian Ridgeback 
Chow chow Rottweiler
Cocker Inglês  São Bernado
Dálmata Schnauzer
Daschund arlequim Setter Inglês
Doberman Springer Spaniel
Dogo Argentino  Welsh Corgi Cardigan
Dogue Alemão Whippet
Fox Terrier Yorkshire Terrier


Dentre as raças supracitadas, o dálmata é a raça com maior número de casos de surdez uni ou bilateral. Nos Estados Unidos, 1 a cada 4 filhotes apresenta o problema, na Europa, este número cai para 1 a cada 10 filhotes.

A surdez está normalmente associada com alguns padrões de pigmentação, onde quanto maior a quantidade de branco presente na pelagem, maior a incidência da patologia. Dois pares de genes responsáveis por pigmentação são particularmente associados a surdez em cães:
1) Locus M - gene Merle (ex. Pastor Australiano,  Daschund Arlequim, Pastor de Shetland, etc)
2) Locus S - "piebald gene" (ex. Bull Terrier, Samoieda, Dálmata, Beagle, Cão de Crista Chinês, etc)

A surdez se desenvolve logo após o nascimento, quando o conduto auditivo ainda está fechado, como resultado de uma degeneração de parte do suprimento sanguíneo para a cóclea. Como consequência, as células nervosas da cóclea morrem levando a surdez permanente. A causa desta degeneração vascular  parece estar associada a ausência de pigmentos produzidos por estas células (melanócitos) nos vasos sanguíneos.
É comum se ouvir relatos de que o animal precisa ter a orelha branca para ser surdo, contudo a surdez está relacionada a despigmentação na parte interna do ouvido e cor observada não serve como parâmetro indicativo da doença.

Diferentemente do que ocorre nos seres humanos, não há evidências de genes ligados ao sexo causadoras de surdez congênita.
A associação entre pigmentação e surdez hereditária não é observada apenas em cães. Defeitos similares são descritos em roedores, porcos, cavalos, gatos e humanos. A maioria dos gatos brancos de olhos azuis são surdos. Nos humanos, a síndrome de Waardenburg, é uma condição onde há presença de olhos de cores diferentes (heterocromia) e em geral observa-se uma faixa branca na barba e cabelo.
Nos cães, por existir mais de um gene recessivo relacionado a surdez atuando, nos indivíduos mestiços a identificação da origem genética do problema torna-se mais complexa.


Nos cães de pelagem Merle, a incidência do problema é bastante elevado. O gene M é dominante e o padrão de pelagem do heterozigoto (Mm) é desejável em algumas raças e difere do fenótipo do homozigoto (MM).
Cães de genótipo MM geralmente apresentam pelagem predominantemente branca, olhos azuis e frequentemente são surdos e/ou cegos, podendo inclusive serem estéreis. É aconselhável portanto não se acasalar dois cães Merle para evitar o nascimento de homozigotos dominantes. Neste caso a surdez não é nem dominante e nem recessiva mas está ligada a um gene dominante que afeta a pigmentação e secundariamente acarreta surdez em cães.
Falarei mais sobre a pelagem merle e os problemas associados com mais detalhes em um outro post.



Nos cães do tipo "piebald" (Sp ou Sw), como por exemplo os dálmatas, a transmissão da surdez é mais complexa.
Estes genes afetam a quantidade e a distribuição das áreas brancas no corpo. A surdez nos dálmatas não é autossômica dominante pois cães de audição normal podem gerar filhotes surdos. A questão se mostra ainda mais complexa quando se observa cães surdos gerando filhotes com audição unilateral e em raros casos, bilateral. Se fosse uma doença recessiva este tipo de situação não poderia ocorrer.
Tais achados só podem ser explicados se considerarmos a atuação de mais de um gene, ou seja dois ou mais diferentes pares de genes autossômicos recessivos, ou uma síndrome de penetrância incompleta. Existem vários genes ligados a pigmentação (ou melhor, a despigmentação) que comprovadamente ocasionam surdez em humanos e camundongos e acredita-se que nos cães ocorra de forma semelhante.
Deste modo, novos estudos ainda precisam ser realizados e assim que tiver conhecimento de algo novo sobre o tema estarei postando para que os criadores possam compreender melhor esta questão e tentarmos reduzir cada vez a incidência do problema na raça.
Até o presente, a melhor forma de se prevenir a surdez consiste ainda em não permitir que cães com o problema (mesmo aqueles com surdez parcial) acasalem e tenham filhotes.


domingo, 13 de setembro de 2015

HERPESVÍRUS CANINO


O herpesvírus canino tipo I (CHV-1) é um vírus que atinge apenas cães domésticos e é fatal em neonatos (não existe relatos de outros canídeos que tenham contraído este vírus). O agente foi descrito pela primeira vez em 1964 mas que ainda é pouco conhecido por veterinários e criadores.

A transmissão  pode ocorrer das seguintes formas
- por via transplacentária (ainda no útero da mãe)
- durante a passagem do filhote pelo canal de parto
- pelas secreções oronasais da fêmea
- através de fômites (camas, comedouros, mamadeiras, etc)

A infecção ocasiona lesões sistêmicas, principalmente necrose e hemorragia em cães com menos de 2 semanas de idade. Filhotes mais velhos (com 2 a 5 semanas de vida) são mais resistentes e podem apresentar a forma não letal.
Acredita-se que a fraca capacidade de termorregulação e a incapacidade de esboçar uma resposta febril sejam os fatores primordiais para que a infecção ocorra de forma tão aguda e rapidamente fatal. Apos a infecção ocorre uma vasculite necrosante difusa que facilita a dispersão do vírus para diferentes órgãos como glândulas adrenais, fígado, rins, pulmões e baço resultando em necrose multifocal. O animal desenvolve uma trombocitopenia (queda significativa no número de plaquetas na corrente sanguínea) associada a coagulação intravascular disseminada (CID). A meningoencefalite é comum, porém filhotes com menos de uma semana morrem antes de apresentarem sintomas neurológicos. Os sobreviventes podem apresentar sequelas neurológicas da doença por toda a vida especialmente síndromes vestibulares cerebelares (labirintite). Se houver envolvimento ocular, pode ser observado catarata, ceratite e cegueira.

Os principais sintomas em filhotes são:
- letargia, dificuldade de mamar,
- choros constantes,
- diarréia amarelo-esverdeada,
- rinite,
- dor abdominal
- incoordenação motora.
- hemorragias petequiais são frequentemente observadas e estão associadas a trombocitopenia e vasculite.
A morte ocorre de 24 a 48h após o início dos sintomas.

Em filhotes com mais de 3 semanas, a infecção ocorre de forma leve e por vezes imperceptível a criadores menos experientes. Hepatomegalia, esplenomegalia e linfoadenopatia são comuns.

Em cães adultos o CHV-1 ocasiona, em machos, balanopostite, e em fêmeas, infertilidade, vulvovaginite, aborto e natimortalidade.
Existem alguns relatos da presença do CHV-1 como causador, em adultos e filhotes com mais de 4 semanas,  de quadros respiratórios, associados a casos de rinite, faringite e traqueobronquite

Diagnóstico
O diagnóstico é feito com base nos sinais clínicos, alterações patológicas (observadas na necrópsia) e isolamento do vírus


Como prevenir 
- boa higienização do ambiente onde os filhotes ficam, e antissepsia de roupas, mães e calçados das pessoas que entram no local e manipulam os animais
- mães saudáveis e não imunossuprimidas são capazes de transmitir anticorpos pelo colostro que irão proteger os filhotes nas primeiras semanas de vida
- a vacina (eurican herpesvírus da Merial) já amplamente utilizada na europa ainda não está disponível no Brasil

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

CAMPANHA SKINCHECKER







No dia 02 de agosto nossos pintados Bru, Théo e Nikolas participaram das gravações da campanha "seja um skinchecker" de prevenção do câncer da pele, da LoRoche Posay. Foi um divertido mas também de muito trabalho.


Théo (Theodore of Avalon Land) seu avô Nikolas (Nikolas do Falcate)




Théo e Márcio Garcia durante a gravação



Bru com seu jeitinho meigo conquistou o ator e ganhou cafuné e beijinho no intervalo da filmagem 



Théo no colinho da tia Flávia Scheleder 

Agradeço a Flavia Scheleder da agência Animais Atores por ter confiado nos meus pintados para realização deste trabalho.

Confira o guia ABCDE com Márcio Garcia e os pintados