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Dálmatas e Chinese Crested Dog

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

ATROFIA PROGRESSIVA DE RETINA


A atrofia progressiva de retina (em inglês Progressive Retinal Atrophy = PRA) é uma doença hereditária autossômica recessiva, de caráter degenerativo que acomete ambos os olhos e leva a cegueira. A doença pode ocorrer em qualquer raça mas é observada com maior frequencia em cães das raças Setter, Labrador Retriever, Poodle, Cocker Spaniel, Cão de Crista Chinês, Collie e Pastor de Shetland.
Nos chineses observa-se um tipo específico de degeneração de retina denominada PRCD ("progressive rod cone degeneration").

A doença se manifesta em animais adultos jovens, entre 1 e 5 anos de idade. Por ser uma patologia hereditária, os cães que são positivos e/ou portadores do gene não devem ser reproduzidos. A doença não tem cura, os animais positivos vão gradativamente perdendo a visão até ficarem completamente cegos. Por ser recessiva, alguns animais podem ser portadores do gene mas não manifestarem a doença, ou seja podem transmitir o problema para seus descendentes mas nunca ficarão doentes.

Inicialmente ocorre a perda da visão noturna (nictalopia) seguida de perda gradativa da visão diurna pois há o acometimento primeiramente dos bastonetes e depois dos cones. Há no início uma dificuldade de estabelecer padrões de luz e o cão pode perder-se na própria casa quando as luzes são apagadas.

Para confirmação do diagnóstico,  recomenda-se a realização de uma eletrorretinografia. Embora o ERG seja um procedimento não invasivo, a sedação é indicada para se reduzir interferências elétricas e artefatos de movimento. A luz para estimulação é colocada perto do olho e as respostas são gravadas usando 3 eletrodos. O eletrodo ativo (da gravação) é acoplado a uma lente de contato colocada na córnea. Os outros 2 eletrodos são colocados na pele para reduzir a interferência elétrica.
Para a detecção precoce ou para avaliação de doenças hereditárias dos fotorreceptores, o protocolo envolve um teste amplo dos cones e bastonetes, baseado em suas características fisiológicas diferentes.

É possível também se identificar os animais doentes e os portadores através de exame de DNA (prcd-PRA test).

Apesar de incurável, alguns estudos mostram que é possível reduzir os sintomas e até mesmo reduzir significativamente a progressão desta através de suplementação alimentar específica. Deste modo, o diagnóstico antes mesmo do animal apresentar os primeiros sintomas seria muito útil por permitiria a ação de medidas preventivas.

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