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Dálmatas e Chinese Crested Dog

sábado, 18 de abril de 2015

HEPATITE INFECCIOSA CANINA



A hepatite infecciosa canina é causada pelo adenovirus tipo I (CAV-1). Por ser evitada pela vacinação preventiva é geralmente negligenciada. e raramente é incluída na lista de possíveis diagnósticos diferenciais.
A infecção ocorre através da ingestão ou inalação de secreções contendo o vírus. Durante o período agudo da doença  vírus é eliminado através de todos os fluidos corporais e pode ser encontrado na urina mesmo após o desaparecimento dos sintomas. É um vírus bastante resistente a grande maioria dos desinfetantes porém e sensível a altas temperaturas, podendo ser disseminado através de fômites (comedouros,caminhas, bebedouros, etc) e permanecer no ambiente durante vários dias.
A doença foi descrita pela primeira vez por Rubarth, em 1947, na Suécia, como uma doença de desenvolvimento agudo, muitas vezes fatal, que causava necrose hepática e lesões no tecido linfóide e endotélio vascular.
Aparentemente não é observada predileção por sexo ou raça, mas a forma clínica é mais observada em animais jovens (entre 2 meses e dois anos de idade) que não completaram o esquema vacinal.

É uma doença que acomete diferentes órgãos e tecidos, provocando lesões no fígado, intestino, rins, e outras células epiteliais, culminando com icterícia e hemorragia.

Nos casos subclinicos durante o período de remissão e em alguns casos agudos é observado edema e nublação corneana (conhecidos como "olho azul da hepatite" ou blue eyes) e uveíte anterior. Estes sintomas em geral são auto-limitantes na maioria dos casos.

Nos casos hiperagudos, os primeiros sintomas ocorrem apenas horas antes da morte do animal. Os cães que sobrevivem ao período virêmico agudo apresentam um ou mais dos seguintes sintomas:
- apatia
- anorexia (perda de apetite)
- diarréia
- võmitos
- hemorragias
- hiperemia (febre)
- baixa plaquetaria (trombocitopenia)
- aumento das tonsilas associado ou não com faringite e laringite
- glomerulonefrite
- edema subcutâneo , especialmente na região da cabeça e pescoço
- dor abdominal e hepatomegalia


Por ser uma doença na maioria das vezes aguda, muitos cães morrem antes de ser realizado o diagnóstico e não é incomum que haja suspeita por parte tanto do veterinário quanto do proprietário de envenenamento.

Tratamento
O melhor tratamento ainda é o preventivo, através da vacinação de filhotes e reforço anual dos adultos
Identificada a patologia deve-se realizar tratamento de suporte com base nos sintomas apresentados.


Diagnóstico 
Deve-se descartar  doenças como leptospirose, cinomose e parvovirose.
O diagnóstico específico pode ser por PCR ou por imunofluorescência. É frequente o diagnóstico ser confirmado através de exame histopatológico durante a necrópsia.

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